e-Tributação em Workshop Técnico e Funcional
com vista a Optimização do Sistema
Texto e Imagem de Ivan Gemuce
Momento de apresentação dos requisitos técnicos e funcionais por parte do Consórcio |
Com vista a garantir o sucesso Entrega 1 após o desenvolvimento dos
requisitos, no âmbito “workshop” das actividades de descoberta de
conhecimento por parte do novo implementador do sistema e-Tributação, o consórcio
Nova Base – Intrasoft International, decorreu de 03 a 13 de Julhodo ano em
curso o segundo workshop, este por sua vez com o objectivo de demonstrar e
partilhar as soluções funcionais e técnicas a serem implementadas no sistema
e-Tributação.
Uma vez que o “workshop”
pressupunha a discussão, aprofundamento e clarificações dos aspectos ora
citados a serem implementados no sistema de colecta e gestão de impostos da
Autoridade Tributária – AT e-Tributação, estabelecendo-se os desafios que
decorem da mesma, o evento contou com a presença de equipas multifuncionais,
desde técnicos das Direcções das Áreas Fiscais - DAFs, representantes dos
bancos comerciais - BCOs, técnicos do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de
Informação e Finanças do Estado – CEDSIF (ligados aoProjecto e-Tributação e do Sistema
de Administração Financeira do Estado – e-SISTAFE), técnicos das áreas
centrais da AT, parte técnica do Projecto e-Tributação e, representantes do consórcio,
este último desenvolvedor das soluções.
Ao questionarmos o
gestor do projecto e-Tributação, Tomé Moiane, sobre o método utilizado para
determinar os participantes, este por sua vez respondeu que os visados foram
escolhidos tendo em conta três grupos.
“O primeiro grupo pertence aos
especialistas do negócio da AT, o segundo grupo corresponde aos especialistas
em desenvolvimento de Sistemas, e por fim os diferentes “stakeholders”, sendo
neste que se enquadram os BCOs. Os diferentes grupos visados foram convocados
com o objectivo de tornar o debate mais abrangente, de forma a termos um
produto que vai de encontro com expectativas dos nossos utilizadores finais” respondeu
o Gestor do Projecto, acrescentando que “o objectivo do presente “workshop” é
de fazer um alinhamento entre aquilo que foi o “workshop” das actividades de
descoberta de conhecimento dos requisitos e as soluções que vão ser
implementadas ao nível da entrega 1. Por uma questão de boas práticas o Consórcio
trás aquelas que foram as abordagens obtidas ao nível do “workshop” e vem fazer
uma demonstração preliminar, a fim de ver se estamos a trabalhar todos no mesmo
caminho, e se o desenvolvimento em curso das melhorias está ou não a ir de
acordo com aquilo que se pretende.”
Numa perspectiva de geração de ideias e
soluções em volta dos aspectos técnicos e funcionais, quanto ao escopo de
negócio os pontos específicos que foram discutidos podem ser sintetizados em
quatro chaves principais.
- Melhoria em relação da pesquisa, actualização e atribuição do NUIT;
- Integração entre o e-Tributação e os canais bancários, na perspectiva do pagamento via banco;
- Integração do e-Tributação com o e-SISTAFE, de modo aqui o Modelo 51 passe a ser automaticamente recolhido pelo e-SISTAFE a partir do e-Tributação;
- Reembolso, anexo de documentos de suporte da análise do processo no sistema;
- Melhoria da Interface do recebedor, através da implementação da Janela do Recebedor.
Quanto ao primeiro ponto, a nossa reportagem
apurou que no âmbito da entrega 1 existirá o formulário online, de forma que
algumas entidades, quando devidamente autorizados pela AT, através da Direcção
Geral dos Impostos - DGI, possam fazer a atribuição de NUITs directamente neste
formulário, contrariamente ao que acontece actualmente, em que os BCOs enviam
um ficheiro em formato Excel para AT, e esta por sua vez faz a geração e
atribuição de NUITs enviando de seguida de volta. “Isto significa que as instituições
que tiverem um memorando de entendimento com a AT, como o caso dos BCOs, vão
poder visualizar e atribuir o NUIT na hora, sem esperar por um ficheiro que pode
levar horas ou dias” clarificou o gestor.
Debate de geração de ideias |
Ao
questionarmos sobre as vantagens da integração entre o e-Tributação e e-SISTAFE
Tomé Moiane, disse que o Estado vai poder ter a informação classificada da
receita a tempo e hora. Pois “actualmente o processo é manual, tudo aquilo que
é cobrado é canalizado para o tesouro no momento posterior, sendo este que faz
a gestão da conta única do tesouro – CUT. A partir do momento em que conectamos
o e-Tributação com o e-SISTAFE, se estabelece uma interoperabilidade que
permite melhor gestão das finanças públicas, passando a ser possível que a Direcção
Nacional do Tesouro saiba o que o Estado encaixou para os cofres e a que
aspecto de receita diz respeito, uma vez que a informação da cobrança já vem
classificada. A partir do momento em que o dinheiro entra na conta única do
tesouro já fica disponível para o tesouro possa fazer a gestão”.
Ao
questionarmos Custodio Mucavele, Recebedor da DAF da Matola, sobre as vantagens
da nova janela do recebedor, afirmou que o ambiente virtual de trabalho com o
qual os recebedores irão interagir para efectuar a cobrança na unidade será
mais interactiva. “Através dela faremos menos esforço e sem necessidades de
memorização, o que vai optimizar o processo, reduzindo possibilidades de erro e
tempo, é uma mais-valia”.
Sendo a integração do e-Tributação um
assunto levado a cabo, Raimundo Chongo, da equipa do processo de pagamento via
banco ao nível do Projecto, explicou que ao seu ver o workshop foi produtivo, “Na
verdade o levantamento de requisitos é um processo, no entanto, percebi que
muitos dos requisitos levantados no primeiro workshop foram apresentados neste
segundo workshop. O bom é que a equipa do Consórcio esteve aberta para
discuti-los, é verdade que um e outro eles referiram que iam analisar e depois
responder, mas no todo foram bem receptíveis.”
Raimundo Chongo, menbro da equipa de pagamento via banco |
Neste momento dois BCOs participaram do
workshop e irão participar do piloto da integração com e-Tributação, o BCI e o
ABC, sendo que a apreciação deles, segundo Raimundo Chongo, foi positiva, “uma
vez que já tem pagamento via banco através da plataforma e-Declaração, percebem
que a integração com o e-Tributação vai ser de esforço reduzido, pois
vivenciaram connosco a experiência do processo”. – e-Tributação
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