Autoridade
Tributária optimiza
processos no
e-Tributação
- No âmbito da nova abordagem da implementação do projecto
Texto Liége Vitorino
Fotos Maria Helena dos Santos
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Cerimónia formal do arranque das actividades da fase da entrega 1 do Projecto e-Tributação |
No
dia 15 de Fevereiro do corrente ano, teve lugar a cerimónia formal do arranque
das actividades da fase da entrega 1 do Projecto e-Tributação após a conclusão
da fase do “Assessment”, que
consistiu num diagnóstico efectuado pelo Consórcio Nova Base e INTRASOFT, que
visa adequar a plenitude desta plataforma electrónica numa acção que se
circunscreve no quadro da modernização dos serviços do contribuinte.
O referido processo será
faseado em três entregas que terão a duração de aproximadamente três anos.
O evento decorreu na sala de
reuniões do e-Tributação, e foi orientado pelo Director Geral Adjunto de
Impostos, Domingos Muconto, em representação da AT. Representou o Consórcio
Nova Base, Sofia Nogueira e Silva, na qualidade de Directora Geral, que se fazia
acompanhar pelo Gestor do Projecto, Pedro Bento e o Gestor de Sistemas
Informáticos, Ayrton Cassamo. Enquanto, a INTRASOFT fez-se representar pelo
Director Geral de Sistemas, George Agyridis e a Gestora do projecto Magdalini
Bertsa.
Estiveram ainda presentes no
acto o Director Geral Adjunto do Centro de Desenvolvimento de Sistemas de
Informação e Finanças - CEDSIF, Jacinto Muchine, o Director da DTIC na AT,
Davário Muthuque, o Director de Sistemas no CEDSIF, João José Marengue, o
Gestor do Projecto e-Tributação, Tomé Moiane, o Gestor do Projecto de TICs no
CEDSIF, Hermes Guluve, e as respectivas equipas técnicas ligadas ao projecto.
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Gestor do Consórcio, Pedro Bento,
durante a apresentação das fases do Projecto |
É
de salientar que, em finais do ano passado decorreu a fase denominada
“assessment” executada pelo consórcio envolvendo a equipa do e – tributação da
AT e do CEDSIF, que consistiu em sessões de cariz técnico, com o intuito de
identificar a real situação do projecto e as melhorias a serem realizadas nos
módulos ora implementados, para além de actualização dos módulos ora falta a
serem desenvolvidos, o que culminou com a nova calendarização do projecto.
Segundo apuramos, a fase do
desenho que consiste na preparação está em curso, e vai incorporar alguns
“workshops” funcionais. Posteriormente, seguir-se-à a fase de implementação e a
fase de testes. Referindo-se
a fase de entrega1 que norteia este arranque, Pedro Bento em representação do
consórcio, afiançou que, o trabalho cingir – se - à na implementação das
melhorias ao nível dos módulos do registo do contribuinte, do IVA/ISPC e dos
Processos Comuns já implementados, para além das integrações com os bancos e o
e-SISTAFE, a migração de dados nas unidades de cobrança, numa primeira
instância para Unidade dos Grandes Contribuintes - UGC e um Posto de Cobrança -
PC piloto, com o intuito de estabilizar o que está a ser implementado durante o
processo.
Pretende-se com este
exercício, incrementar melhorias no módulo do cadastro dos contribuintes dentro
de um universo controlado de utilizadores, o que irá permitir a flexibilização
da solução para as restantes unidades de contribuintes, isto é, a todas as
unidades de cobrança.
Explicou que, o primeiro foco
após a implementação será fazer um piloto numa UGC e num Posto de Cobrança.
Subsequentemente, depois da solução estar perfeitamente estabilizada e todos os
processos definidos, a AT irá expandir o processo de “roll out” desta mesma
solução para as restantes unidades de cobrança que estão previstas nesta fase
da entrega 1. As restantes unidades de cobrança serão abrangidas no âmbito da
entrega 2.
“Estamos a falar de um volume substancial de dados que poderão estar a
ser trabalhados em paralelo com a entrega 1 mas que só poderão ser
definitivamente migrados no âmbito da entrega 2 ”, elucidou.
Factores críticos de sucesso
Num outro desenvolvimento,
Pedro Bento fez saber que existem seis factores críticos de sucesso, que o
consórcio considerou de extrema relevância para o contexto deste projecto, e em
particular desta entrega 1.
“Para além daquilo que vai ser o nosso trabalho, é importante que todos
estejamos presentes e possamos fazer parte da solução, pois caso contrário os
mesmos poderão comprometer ou empatar a solução e o projecto como um todo”,
advertiu.
Descreveu como primeiro tema
o da “perfomance” que foi amplamente
abordado e discutido durante a fase de “assessment”
e que hoje compromete muito aquilo que é a experiência na utilização de
sistema. “Podemos continuar a fazer tudo
que foi descrito aqui mas se em paralelo não conseguirmos resolver o problema
da performance identificada, continuaremos a ter muita dificuldade em ter uma
boa solução e uma boa utilização do e-Tributação a nível das unidades de
Cobrança”, sublinhou.
Frisou que, é muito
importante que o problema de comunicações que foi diagnosticado na fase do “assessment”, seja resolvido nos próximos
cinco a seis meses ou pelo menos muito melhorados para que o problema da
“performance” não venha a comprometer a fase de aceitação da nova versão do e-Tributação.
O outro aspecto fulcral tem a
ver com o trabalho das equipas externas, como sejam a integração dos bancos e
com o sistema e-SISTAFE, para o caso do CEDSIF, entidades que não fazem parte
directamente do Projecto, para além de outras entidades responsáveis pelos
leitores de cheque que vão integrar o e-Tributação.
Na óptica de Pedro Bento, é
deveras importante ter essas equipas comprometidas com o projecto, conhecedoras
do calendário e dos objectivos do projecto, e com capacidade para responder
dentro dos “timings”, isto é, tempo
do projecto.
Observou que, o projecto tem
um timing de
implementação e um timing de
testes e é importante que essas equipas possam cumprir. Pois, em caso de
incumprimento estarão a empatar os timings do projecto e a condicionar a evolução
do mesmo.
Considerou ser importante que
tais equipas estejam envolvidas desde já e que se garanta o devido
acompanhamento das mesmas. Caberá a AT e ao CEDSIF o alinhamento e garantia
segundo a prioridade do trabalho das equipas, para que de facto estejam
comprometidas e possam fazer as entregas dentro dos “timings” que foram definidos.
Disse ser imperioso que se
tenha consciência que vai haver de alguma forma uma equipa conjunta da AT e do
CEDSIF que vai trabalhar em paralelo e que a mesma tem que ter foco e disponibilidade
para fazer o seu trabalho dentro dos “timings”
do projecto.
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Na imagem, membros de direcção do consórcio Nova Base / Intrasoft,
na sessão do arranque das actividades do projecto |
Segundo o orador, o momento
em que o consórcio decidir pôr o sistema em produção toda a equipa terá que
encontrar a melhor forma, adoptando a melhor estratégia de corte, que consiste
em descontinuar gradualmente o Sistema Interno de Cobrança de Receita - SICR à
medida que se for implementar as melhorias e novos módulos no e-Tributação,
mas uma estratégia acima de tudo que não permita continuar a utilizar-se os
dois sistemas simultaneamente para os mesmos contextos.
“Nas UGCs seleccionadas, no momento em que nós migrarmos os dados do
SICR para e-Tributação não se deve continuar a utilizar o sistema SICR, para
actualizar dados de contribuintes, principalmente para registar declarações de
IVA e no caso das outras unidades de cobrança para registar declarações de IVA
e ISPC”, esclareceu.
No momento da entrada do
e-Tributação temos que ter já a estratégia de corte, o que permitirá
gradualmente descontinuar o SICR. Caso contrário, continuaremos a perpetuar o
desalinhamento dos dados e a própria fiabilidade da informação, nos dois
sistemas, com uma informação que não está sincronizada e obviamente fazendo que
o projecto não dê os resultados almejados.
Em termos de calendarização
das actividades, o consórcio continuará a trabalhar sendo imperioso que a AT
garanta a realização dos “roll outs”, nas restantes unidades de cobrança
previstas dentro da entrega 1, por um lado. Por outro lado, outro factor
importante são as pessoas, e este projecto apesar de ser de extrema importância
é feito para as pessoas, e é fundamental que se consiga envolvê-las na passagem
de conhecimento, pois no final do dia elas terão que adquirir conhecimento e
trabalhar com o e-Tributação, que é o produto final. e
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