Pagamento via banco de impostos
internos está na
fase piloto
Liége Vitorino
Decorre em regime piloto a nível das Unidades de Grandes Contribuintes
(UGC) nas Cidades de Maputo e Matola a solução de pagamento via banco de
impostos internos. Dados disponíveis indicam que até ao momento totalizam 52
registos de grandes contribuintes que já foram atribuídos credenciais e existem
declarações que foram submetidas com sucesso, o que compreende todo o processo
até a transferência para a Conta Única do Tesouro (CUT).
Apuramos que, a UGC da Cidade de Maputo tem inscritos 564 contribuintes
enquanto a da Matola, na Província de Maputo, possui 162 contribuintes,
esperando-se que até o final do processo, ascendam 726 contribuintes inscritos
nas duas unidades fiscais.
Refira-se que, o processo iniciou em Dezembro último, e integra os modelos designados
M A e M C do IVA, M 30 do IRPC, o M 19 e M39 do IRPC e o M 19 do IRPS, estando na
forja outros impostos, visando completar o ciclo constante do calendário fiscal
vigente no País.
Para a materialização do referido processo que se circunscreve no âmbito da
modernização tecnológica foi disponibilizada uma ferramenta que se cinge num
portal denominado por e – declaração flexível através do qual o contribuinte
poderá submeter as suas declarações com o endereço e – declaração.at.gov.mz
Por outras palavras, à semelhança do que acontece com a Internet banking”
em que maior parte dos moçambicanos e não só são usuários, o contribuinte
manifesta interesse através de um formulário específico, são lhe dadas
credenciais de acesso e ele submete as guias de pagamento por via do aludido
portal e – declaração.
Tal modalidade implica que os contribuintes submetam as suas declarações
via eletrónica através da internet, sendo que após a submissão obtém uma guia
da arrecadação da receita (gare) com uma referência o que permite proceder ao
pagamento no banco comercial através dos diversos canais que este dispõe. Tais
pagamentos ora efectuados reflectem-se 48 horas mais tarde na Conta Única do
Tesouro ( CUT) e assim encerra o ciclo de cobrança da receita.
Para aceder a este procedimento o contribuinte deverá dispor de acessos a
internet a um canal bancário ( internet banking, ATM, POS, Mobile banking,
etc).
Importa realçar que, o objectivo fulcral deste procedimento, para além de
flexibilizar a canalização dos valores cobrados à Conta Única do Tesouro, é
reduzir o risco no manuseamento do dinheiro das unidades de cobrança para os
Bancos, é proporcionar maior comodidade aos contribuintes no cumprimento das
suas obrigações fiscais.
Segundo uma avaliação preliminar feita pelo Gestor do Projecto e –
tributação, na Autoridade Tributária, Carlos Fafetine, sobre a adesão ao novo
modelo de pagamento de impostos internos, destacou que a fase piloto está a
registar alguma adesão a medir pela sua evolução.
Conforme disse, gradualmente o pagamento via banco, será expandido para
outras unidades de cobrança incluindo Áreas Fiscais no país, o que possibilitará
em larga medida que mais contribuintes sejam abrangidos, frisou.
Em termos de bancarização do imposto, neste momento, dois bancos da praça
aderiram o processo, nomeadamente o BCI e o MOZABANCO, sendo que, os restantes
estão na fase de preparação, atendendo que, a assinatura da adenda dos acordos
de adesão foi realizada em Julho do ano transacto, com todos os bancos numa
cerimónia que decorreu na Cidade de Maputo.
O Gestor do e-tributação assegurou que, “todos os bancos estão abertos e a interagir na criação das condições
necessárias, concretamente no que concerne a preparação dos balcões para a
operação. Os dois bancos acima citados manifestaram já a prontidão e são os que
estamos a trabalhar neste momento e à medida que as condições forem criadas
também certamente irão integrar o processo”.
Importa salientar, que no projecto da Janela Única Electrónica (JUE), tal
procedimento já é uma realidade, e é uma obrigação fazer o pagamento dos
direitos e outras imposições aduaneiras através dos Bancos Comerciais (BCOM’s).
Num outro desenvolvimento, na senda dos progressos que tem vindo a ser
alcançados a nível do e-tributação, o Gestor do e - tributação citou alguns
avanços no que tange a modernização dos serviços do contribuinte, como é o caso
da gestão de filas de espera, que é um processo que decorre em paralelo com
vista a garantir que um número reduzido de contribuintes que por qualquer
motivo não possam aderir aos meios electrónicos para a declaração possam beneficiar
de algum conforto na Área Fiscal.
Mencionou, por exemplo, que foram introduzidas filas de espera em quatro
unidades de cobrança, nomeadamente no primeiro e segundo Bairros de Maputo, no Balcão
de Assistência ao Contribuinte no edifício dos 33 andares e na Direcção da Área
Fiscal da Matola, na Província de Maputo.
Prevê-se que, no segundo semestre sejam contempladas as regiões Centro e
Norte, respectivamente.
Outra inovação que mereceu destaque por parte do nosso interlocutor é o
portal do contribuinte que é uma iniciativa ambiciosa que a Administração
Fiscal tem porquanto este é que será efectivamente o meio através do qual o
Fisco irá interagir com o contribuinte de forma dinâmica com um atendimento
autónomo.
“Portanto, o contribuinte poderá
quando o portal estiver disponível na sua plenitude e uma vez lançado, porque
neste momento encontra-se na fase de teste embora acessível, para além de
submeter as declarações por esta via permitirá que o contribuinte possa ser informado
sobre a sua situação fiscal e assim inteirar-se sobre a sua conta corrente”,
concluíu. -e-Trbutação
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