- convicção da presidente da AT, Amélia Nakhare
Texto de Liége Vitorino
Fotos Nércio Banze
De pé, o o Director Geral de Impostos, Augusto Tacaríndua, quando falava sobre o propósito da reunião |
A presidente da Autoridade Tributária, Amélia Nakhare, crê que, ainda
existe espaço fiscal para se garantir que haja expansão da receita apesar do
trabalho positivo que vem sendo desencadeado pelos funcionários. Assim se
expressou há dias a respectiva dirigente após ter efectuado trabalho de “casa” que
consistiu na visita à algumas unidades orgânicas sob umbrela da Direcção Geral
das Alfândegas e dos Impostos na Cidade e Província de Maputo.
Falando concretamente da área dos Impostos Internos, a presidente justificou
que, ao longo da visita de dois dias efectuada às unidades orgânicas ao
interagir com os funcionários reinou a expectativa de que se poderia fazer algo
mais em prol da receita. Daí que foram convocados os funcionários, para uma reflexão
conjunta sobre os caminhos a percorrer para que a receita do último trimestre
(Outubro, Novembro e Dezembro) possa extravasar os níveis ora estabelecidos nas
metas, e quiçá duplicar em relação ao que está previsto, o que seria uma mais
valia.
Refira-se que, a Direcção Geral de Impostos até 31 de Dezembro de 2015 prevê
colectar para os cofres do Estado cerca de 105 mil milhões de MT em termos da
Lei Orçamental e 109 mil milhões de MT em termos operacionais.
Ética e deontologia
profisisonais
Na imagem, a funcionária Rosália, quando revisitava o Código de Ética da Autoridade Tributária |
Num outro passo, a presidente da AT chamou a atenção para a questão da ética
e deontologia profissionais que deve ser constante nos funcionários evitando
situações que conduzam à corrupção.
A dirigente manifestou a sua preocupação pelo comportamento desabonatório
de alguns funcionários que durante as horas de serviço deambulam pela 25 de
Setembro, ( uma das principais artérias da Cidade de Maputo) quando deveriam
estar nos gabinetes a reflectir como aumentar a receita. “Então, se somos necessários vamos ter que perceber em conjunto porquê
que este comportamento acontece”, ajuntou.
Vincou que, é implícito que os
funcionários tenham um perfil que os identifique como tal, atendendo que a
missão é muito clara. Fez menção ao
Código de Conduta disponível na Autoridade Tributária, solicitando aos
funcionários para que enunciassem algumas das cláusulas ora elencadas. Porque
na ocasião, poucos foram os voluntários que se expressaram em termos de
conhecimento deste instrumento importante para o correcto desempenho e o
cumprimento cabal das tarefas, a presidente orientou a uma das funcionárias a
passar em revista o Código de Conduta dos funcionários da Autoridade
Tributária, que vigora desde 1 de Janeiro de 2009.
“O nosso Código de Conduta é muito
claro sobre o perfil do funcionário da Autoridade Tributária. O cumprimento das
cláusulas estabelecidas no Código de Conduta é um imperativo para todos nós. E,
nós temos a dimensão como funcionários públicos das implicações do não
cumprimento. É muito importante que estejamos claros sobre isso”,
asseverou.
Parte dos funcionários da DGI que tiveram a informação do encontro acederam a reunião |
Outro pormenor também importante cinge-se com os valores, os princípios e a
visão da instituição que, segundo a presidente da AT, nos próximos cinco anos é
imperioso que sejam encurtados os caminhos. “Vamos afunilar e concentrar – mo - nos em alguns aspectos que achamos
que conseguem dar cobertura a tudo. O nosso Código de Conduta fala de valores e
discrimina vários valores. Nós achamos que dentre todos aqueles valores que são
discriminados no nosso Código de Conduta a integridade consegue trazer todos os
outros valores”, acrescentou.
Um outro aspecto abordado pela presidente Nakhare refere-se à necessidade
dos funcionários da instituição pautarem por uma conduta exemplar, para que o
trabalho seja coroado de êxitos. A título de exemplo questionou os presentes “se
um funcionário público é integro, ele estará desleixado nas suas roupas que vai
utilizar no seu dia-a-dia; se um funcionário do Estado é integro ele vai se
deixar subornar; se o funcionário é integro vai receber assédio”, ao que os
funcionários refutaram unanimemente.
“Então, tudo desagua na integridade.
Nós achamos que este valor chama a todos os outros valores. E, nós vamos dizer
que somos funcionários íntegros, significa que somos profissionais, estamos dotados
de profissionalismo, de princípios que regem o funcionalismo público”, considerou.
Um ouro factor está relacionado com a receita. “O Código de Conduta estabelece que o nosso “core business” ( núcleo de
negócio) é a receita. Nós já estamos a trabalhar e muito bem na receita. Porém,
quando fomos visitar as várias unidades umas das constatações que era
recorrente era que o desafio que tinham se relacionava com a resposta do lado
do contribuinte alegadamente porque o contribuinte não tinha a sensibilidade,
resistia e/ou quando vinha não estava suficientemente informado e os colegas foram
sugerindo soluções”, disse.
Aliado a estes aspectos destacou a consolidação do Sistema Tributário. “Quando falamos disso, lá dentro está
incluso um aspecto deveras importante que é a educação fiscal.”Se eu tenho
integridade, eu já sou uma escola, eu já sou um exemplo”, anotou, tendo no
final do encontro os funcionários assinado o compromisso de integridade, seguindo
estritamente o preceituado no Código de Ética da Autoridade Tributária. e-Tributação
Momento da leitura do compromisso de integridade por quadros de direccão liderados pela respectiva Presidente |
Funcionários da Autoridade Tributária na hora do termo de compromisso atinente a integridade |
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